quarta-feira, 30 de maio de 2012

Texto Original - Ricardo Azevedo

“Sim, sou contra se fazer um tipo de livro específico para criança porque isso faz supor que exista uma criança específica – o que eu acho complicado. Se você direciona um livro para uma determinada faixa etária significa que ele é um livro didático, já que, na escola, as crianças são divididas de acordo com faixas de idade. Mas na literatura lidamos com um universo de assuntos subjetivos, conflitos e ambigüidades que cada um tem dentro de si que faz com que esse tipo de divisão seja absurdo. Mas é claro que, pelo fato de usar mão de muitas personagens infantis e praticar uma linguagem mais acessível, faz com que a criança ou o jovem se identifique com meus livros”.

Você rejeita essa classificação de “literatura para crianças”? – (Paráfrase – Ednaldo Portela Silva Moura).

Ricardo Azevedo, afirma ser contra um modelo centrado e especifico de livro para determinado tipo de público razão pela qual se imaginará que de fato existe aquele público específico, o que o deixa confuso. O autor entende que quando se aponta um livro para um público alvo se trata de um material didático, o que não ocorre no universo da literatura uma vez que nesta área o campo é vasto e aberto nos mais diversos e variados aspectos onde de forma individual cada pessoa convive com seus conflitos e ambigüidades. Baseado nisso Ricardo Azevedo, declara essa divisão algo absurdo entretanto, o fato de ilustrar personagens infantis empregando um vocabulário popular, conseguí atrair a atenção e interesse das crianças e dos jovens pelos meus livros.
Fonte: Azevedo, Ricardo. “Oralidade é porosidade. p. 08. In: Leituras. Brasília: ministério da educação, 2006.

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