Texto Original - Ricardo Azevedo
“Sim,
sou contra se fazer um tipo de livro específico para criança porque isso faz
supor que exista uma criança específica – o que eu acho complicado. Se você
direciona um livro para uma determinada faixa etária significa que ele é um
livro didático, já que, na escola, as crianças são divididas de acordo com
faixas de idade. Mas na literatura lidamos com um universo de assuntos
subjetivos, conflitos e ambigüidades que cada um tem dentro de si que faz com
que esse tipo de divisão seja absurdo. Mas é claro que, pelo fato de usar mão
de muitas personagens infantis e praticar uma linguagem mais acessível, faz com
que a criança ou o jovem se identifique com meus livros”.
Você rejeita
essa classificação de “literatura para crianças”? – (Paráfrase – Ednaldo Portela
Silva Moura).
Ricardo
Azevedo, afirma ser contra um modelo centrado e especifico de livro para
determinado tipo de público razão pela qual se imaginará que de fato existe
aquele público específico, o que o deixa confuso. O autor entende que quando se aponta
um livro para um público alvo se trata de um material didático, o que não ocorre no universo da literatura
uma vez que nesta área o campo é vasto e aberto nos mais diversos e variados
aspectos onde de forma individual cada pessoa convive com seus conflitos e ambigüidades.
Baseado nisso Ricardo Azevedo, declara essa divisão algo absurdo entretanto, o
fato de ilustrar personagens infantis empregando um vocabulário popular, conseguí atrair a atenção e interesse das crianças e dos jovens pelos meus livros.
Fonte: Azevedo, Ricardo. “Oralidade
é porosidade”.
p. 08. In: Leituras. Brasília: ministério da educação, 2006.
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